quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013


Emblema triskelion do BDSM






O símbolo oficial da comunidade BDSM é uma derivação do triskelion. O Triskelion é a forma básica do emblema, com três "braços" curvados para fora do centro e fundindo-se com um círculo abrangente. 

O Triskelion é uma forma antiga, que teve muitos usos e muitos significados em muitas culturas.


O símbolo BDSM verdadeiro deve atender aos seguintes critérios: 

1) Os aros e os raios são de um metal de cores, indicando neste caso ouro, ferro e prata. 
2) Os aros e os raios são de largura uniforme com os braços girando em sentido horário.
 3) Os campos internos são pretos. 

4) Os buracos nos campos são verdadeiramente buracos e não pontos.



Mais informações sobre o símbolo pode ser encontrado em The Emblem Project
Os itens e estilos de BDSM e fetiche têm sido amplamente difundidos na vida cotidiana dos sociedades ocidentais por diferentes fatores, tais como moda de vanguarda, heavy metal​​, subcultura gótica, e séries de TV de ficção científica, e muitas vezes não são conscientemente conectados com suas raízes BDSM por muitas pessoas. Embora tenham sido confinados principalmente às subculturas Punk e BDSM na década de 1990, desde então têm se disseminado para partes mais amplas das sociedades ocidentais.
A bandeira do orgulho de couro é um símbolo para a subcultura de couro e também amplamente utilizado dentro de BDSM. Na Europa continental, o Anel de O é difundido entre os praticantes de BDSM. O Triskelion é comum em comunidades de língua inglesa.

São, Seguro e Consensual


Todos os atos e práticas no BDSM devem seguir o SSC, serem sãs, seguras e consensuais.
Sãs são as práticas que respeitam a razoabilidade mínima e a normalidade lato sensu, estando os praticantes em perfeito estado mental de consciência, objetividade e lucidez. Assim, não se deve praticar com o estado de consciência alterado por substâncias entorpecentes ou alucinógenas ou que de alguma forma alterem a consciência, muito menos fazer-se coisas insanas como mutilações ou até a morte.
Prática segura é aquela feita de modo a eliminar os riscos de algo sair do esperado, resultando, por exemplo, em lesões corporais, traumas psicológicos ou até mesmo a morte. Assim precauções devem ser tomadas para que tudo saia bem, como esterelizar equipamentos ou instrumentos cortantes ou perfurantes ou que de alguma forma lesionem a pele ou entrem em contato com sangue; cuidar para que a submissa esteja preparada psicologicamente para práticas de humilhação hard; cuidar ao amarrar para que não se prejudique a circulação ou se ocasione problemas circulatórios; cuidar com o manejo de facas e outros instrumentos cortantes; cuidar para não bater em pontos vitais, dentre muitos outros cuidados a depender da prática adotada.
Consensual é o item mais objetivo da tríade, significa que todas as práticas devem ser aceitas tácita ou expressamente. Para tanto existem as negociações prévias entre os participantes e a palavra de segurança(safeword, que faz parar ou diminuir o ritmo das práticas).
Negociações prévias são acordos e discussões feitas anteriormente pelos participantes, visando que cada um realmente confira se deseja fazer sessão (espaço temporal onde acontecem as práticas, geralmente são divididas em cenas (conjunto de práticas ou até apenas uma prática em si, mas que tem um fim específico)) com o outro ou outros e quais práticas tem como limites e se esses limites são absolutos ou relativos. Pode ser um acordo oral e informal ou escrito e formal. Alguns praticantes chegam aos limites do detalhismo, criando check lists, listas com inúmeras práticas, onde os participantes fazem marcações (xis) nas que gostam, nas que não gostam muito, nas que tem limitações e etc.
Limites são práticas que um praticante de BDSM não deseja fazer. Podem ser absolutos (os quais o participante imagina nunca querer fazer) ou relativos (os quais o participante gostaria de ou aceita quebrar e fazer no futuro, mas que no momento presente não são aceitáveis para ele). Exemplo: às vezes o praticante pode ter uma limitação com a prática de chuva dourada (urolofilia – práticas com urina), mas que deseja superar; e ter também uma limitação absoluta com a prática de chuva marrom (coprofilia – práticas com fezes), a qual nunca deseja superar, tendo extrema repulsa em relação a isso.
Safewords são as palavras de segurança, fixadas arbitrariamente pelos praticantes, uma para parar a sessão e outra para apenas moderar a sessão, uma safeword forte e uma safeword fraca. Geralmente são escolhidas palavras estranhas ou incomuns, para que a escrava possa manter a fantasia de estar fazendo as práticas contra a sua vontade ou para não usar a palavra “não” ou para não pedir literalmente ao seu Senhor que pare a sessão, mantendo-se também uma liturgia (conjunto de rituais e aspectos formais da relação; a questão será aprofundada posteriormente). A safeword pode ser também gestual ou simbólica para os casos em que a escrava não possa se comunicar oralmente (p. ex. no caso de estar amordaçada). Pode ser também que se prefira convencionar somente uma safeword, que pare a sessão, ao invés de duas.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013


Safeword





Safeword” – Palavra de segurança, previamente combinada entre as partes envolvidas numa atividade BDSM, para indicar que se atingiu determinado tipo de limite, físico ou psicológico, ou que alguma coisa não está bem, como por exemplo cãibras, tonturas, dificuldade na respiração, etc., ou simplesmente que não se está a ter prazer e se quer parar. Esta palavra é geralmente usada pelo “bottom”, mas pode igualmente ser usada pelo “Top”. O uso da “safeword” não é sinal de fraqueza e deve ser usada e respeitada, sem qualquer tipo de julgamento ou ressentimento.
As “safewords” são, como é óbvio, de escolha pessoal e devem ser fáceis de memorizar e ser sempre relembradas antes de encetar qualquer atividade. No fundo são uma forma simples e fácil de comunicar. Para evitar confusões, desentendimentos ou atrapalhações não devem ser escolhidas “safewords” diferentes cada vez que se faz uma sessão ou se muda de parceiro. Palavras ou expressões, como “pára” ou “não”, passíveis de “escaparem” inadvertidamente durante uma sessão BDSM, ou muitas vezes usadas em “jogos” de resistência (“resistance play”), onde essas expressões não significam parar, não devem ser utilizadas. A safeword reconhecida universalmente é “Safeword”. Há quem prefira usar um sistema de “safewords” mais completo, como “Vermelho”, “Amarelo” e “Verde”, para sinalizar parar, abrandar (chamar a atenção para algo que esteja a incomodar, como uma corda, ou mudar o local da estimulação) e avançar (ou aumentar a intensidade), respectivamente.
O facto de existirem “safewords” não significa uma delegação da responsabilidade no “bottom” e tem de existir uma atenção permanente por parte do “Top” aos sinais que possam denunciar que alguma coisa não está bem, como a respiração, contrações musculares, etc. Certas práticas, física e/ou psicologicamente mais intensas, podem conduzir a um estado de êxtase – “subspace”, em que o indivíduo perde a sensibilidade à dor e em certa medida a consciência, devido à produção excessiva de endorfinas. Nestes casos, não existe normalmente a coerência necessária para proferir a “safeword”, aumentando o risco de eventuais danos. A monitorização constante do comportamento do “bottom” durante uma sessão mais intensa é fundamental para que se possa identificar a situação e parar imediatamente.
Em determinadas situações em que não é possível falar, como o uso de mordaças, máscaras ou outros objetos de inserção oral, a “safeword” deverá ser substituída por um sinal ou gesto de segurança – “safesign”, como levantar uma mão, agitar a cabeça, ou deixar cair um objecto da mão, por exemplo.
As “safewords” e “safesigns” podem gerar um sentimento de segurança e consensualidade, mas de nada servem ao “bottom”, particularmente se estes estiverem total ou parcialmente imobilizados, na presença de um “top” que não seja íntegro, sério e respeitador. O não respeitar uma “safeword” é sinônimo de quebrar a Consensualidade, deixando de ser BDSM para passar a ser abuso/violência, ou seja, crime punível por lei.

domingo, 10 de fevereiro de 2013


Algumas imagens para o deleite de quem gosta da arte do Shibari














Formas de tratamento



São comuns pronomes de tratamento que evidenciam a condição de TOP ou de bottom de uma pessoa, embora não entrem na classificação do tópico anterior e por isso não dê para se saber da preferência do praticante dentro do BDSM (se é, p. ex., bondagista, sádico ou dominador) só olhando o pronome usado para se referir ao TOP ou bottom; são apenas modos respeitosos de se referir ao TOP e modos de mostrar a condição do bottom.
Assim é comum se chamar o TOP de Senhor, Lord e outros pronomes e as mulheres que são TOP’s de Rainha, Senhora, Lady e outros pronomes.
Os bottoms homens são chamados de verme, servo, cão, escravo e etc. As mulheres de escrava, serva, cadela, etc.
O praticante de BDSM pode ser chamado também de BDSMer.
Domme é sinônimo (de origem francesa) de Dominatrix ou dominadora, não sendo um pronome de tratamento, senão uma classificação.
O mesmo vale para Dom (abrev. de dominador), sub (abrev. de submissa(o)) e masoca ou maso (abrev. de masoquista).
O termo deusa é usado para se referir geralmente à mulher da qual os podólatras (podolatria é o fetiche por pés) idolatram os pés.

Dominação e submissão


Uma relação de Dominação e submissão, vulgarmente denominada por D/s, é uma relação de troca de poder, considerando-se relações do tipo Dominador /submissa ou Dono/escrava, em função do menor ou maior grau dessa troca.
Dominador em BDSM é alguém que sente prazer no poder que tem em controlar física e psicologicamente uma personalidade submissa. Através da sua forma de dominar, consegue que a pessoa escolhida para interagir com ele, se lhe entregue de corpo, alma e coração de uma forma submissa.
Um Dominador genuíno, sente prazer em compreender, cuidar, proteger, ensinar, guiar, elevar, uma personalidade submissa, nem que para isso tenha de prescindir de alguns dos seus interesses. Tem de ter o discernimento suficiente para saber até onde pode e deve ir, tem de ter um auto controlo elevadíssimo para nunca pôr o bem-estar, físico e psicológico, da pessoa que se lhe entrega em perigo. Tem de respeitar, sempre, os limites impostos pelo submisso, comprometendo-se a agir de forma a esticá-los sem nunca os ultrapassar.
Um Dominador é detentor de características que lhe permitem dominar de maneira eficaz a mente e o físico do seu submisso para que ambos se satisfaçam. Tem a capacidade de desenvolver métodos e atitudes para aumentar o nível de entrega do seu submisso, despoletando-lhe o desejo e a vontade para ele agir, de uma forma gratificante, em conformidade com as suas orientações.
Por vezes confundimos o papel de Dominador com o de “Top”. Dominar é muito mais do que utilizar chicotes, fazer sessões, mandar, controlar a prática, vestir de preto ou recorrer sistematicamente a linguagem grosseira. Dominar também é ter atitudes nobres, é saber pedir em vez de mandar, é saber exigir sem intimidar, é saber quando deve castigar e recompensar, é saber reconhecer que o seu submisso não é um ser inferior mas, a metade que o completa.
Submisso, em BDSM, é alguém que sente prazer em receber e cumprir ordens e em se submeter aos gostos e vontades do seu Dominador. Um submisso retira prazer desta transferência de poder e quanto mais prazer sente que o Dominador retira, maior é a sua satisfação.
Cabe ao submisso definir os seus limites e permitir que o Dominador os identifique, dando-lhe o consentimento para ele os trabalhe, com o objectivo de serem superados da forma que o Dominador considerar ser a mais proveitosa para ambos. Cabe ao submisso, ainda, definir a forma como se processará a sua submissão.
Uma relação de Dono e escravo pressupõe uma relação de total troca de poder.
Um submisso que no desenvolvimento e amadurecimento dos seus valores, deseja que a sua entrega seja total, que está disposto a servir o seu Dominador em todas as áreas da sua vida, entregando-se aos seus comandos, aceitando as suas ordens, entregando todos os seus direitos, torna-se escravo. O Dominador ao estar consciente e preparado para esta responsabilidade torna-se Dono.
O prazer do escravo está centrado no serviço que ele presta e à satisfação do seu Dono. Servir o Dono pressupõe servidão em todos os aspectos por ele exigido, quer eles sejam sexuais, de acompanhamento pessoal e profissional, em aspectos domésticos, familiares e sociais.
Cabe ao Dono a responsabilidade de ensinar, treinar, guiar, proteger com a finalidade de que o escravo atinja os níveis pretendidos para que ambos se sintam felizes e realizados na relação.
Comummente o Dono exerce autoridade total sobre o seu escravo, considerando-o sua propriedade mas, à luz da consensualidade reserva-lhe o direito deste expressar descontentamento se a relação não estiver a resultar. Nestes casos, o Dono deverá avaliar a situação e, se não estiver ao seu alcance fazer nada para a melhorar, deverá libertá-lo.
Por vezes, a fronteira entre uma relação de Dominador/submisso e Dono/escravo, é muito ténue mas, em jeito de conclusão, podemos admitir que um Dono é sempre Dominador e um escravo é sempre submisso, sendo que o contrário não se aplica.
Numa relação entre um Dominador e um submisso, o poder que transita para o Dominador é aquele que o submisso está disposto a dar, numa relação entre um Dono e um escravo a extensão do poder é determinada pelo Dono.
Como BDSM é um relacionamento entre adultos que se pretende que seja satisfatório para todos – “Tops”, “bottoms”, Dominadores, submissos, Donos e escravos - convém referir que, independentemente do tipo de relação que se estabeleça, o bem estar físico e psicológico dos intervenientes tem de estar sempre presente.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013


Práticas BDSM 

O BDSM é um universo composto por diversos fetiches. Ninguém é obrigado a gostar de tudo, mas é obrigado a respeitar o gosto do outro. Talvez algumas práticas relatadas aqui não te agradem ou possam até ofender. 

Bondage: Fetiche por amarrar o parceiro. Restringir para dar prazer. Pode ser por cordas, roupas, Vac-Beds, camisa de força, filmes plásticos, etc… Pode ser usado para disciplinar o parceiro. É necessário ter certo domínio no assunto.


Self-Bondage: Prática de bondage feito por si próprio, ’se amarrar’. Deve-se ter cuidado ao praticar self-bondage.  

Water Bondage: Fetiche por Bondage debaixo d’agua, ou que contenha água. Mumificação: Restrição por meio de mumificação por gaze, filme plástico, gesso, etc… Digamos que é uma subcategoria do Bondage. 

Shibari: Arte milenar japonesa de amarrar a pessoa para lhe dar prazer. Feito geralmente em mulheres, a corda é passada pelo corpo de forma estratégica que lhe dê prazer caso tente se libertar ou deixe certas partes do corpo mais sensíveis.

A pessoa que recebe o Shibari se chama Dorei. Breathplay: Também conhecido por Asfixia Erótica, é a pratica de restrição de oxigênio no parceiro. O motivo desta prática, embora não pude comprovar a veracidade, se dá pelo fato de quanto menor a concentração de oxigênio, maior será a concentração de hormônios no sangue, o que causa um maior prazer, ou um prazer prolongado. A restrição pode ser feita de diversas maneiras, como por sacos plásticos, máscaras de gás, mãos, etc… Deve-se ter extremo cuidado com esta prática. É muito perigoso e não deve ser feito por amadores, o menor deslize pode levar a morte. 

Dominação: Aquele que domina o submisso, tem o poder sobre ele. Pode ser feito por meio físico ou psicológica. 

Submissão: Aquele que se submete ao poder do dominador, fazendo todas as suas vontades. Sadismo: Aquele que sente prazer em ver o outro sofrer. Masoquismo (Algolagnia): Aquele que sente prazer em sofrer por meio de dor e/ou humilhação. 

Spanking: Prática de espancamento. Há vários níveis de intensidade, desde tapinhas até chicotadas. Dependendo do gosto da pessoa. Pode ser usado como castigo ou prêmio. A intensidade da batida deve ser feita gradativamente.

Pony Girl / Dog Woman: Prática de submissão onde o submisso assume papel de cavalo ou cachorro respectivamente. Sendo tratado como tal. Consensual Rape: Prática onde se SIMULA, (ou seja, é concensual) um estupro. Geralmente isso é para mostrar o poder do dominador sobre o submisso. Travestimento / Feminização / Crossdressing: Jogo onde o homem veste e se comporta como mulher. O homem não é necessariamente homossexual para ter este fetiche. 

Podolatria / Trampling: Fetiche por pés. Geralmente o submissos se submetem a adoração dos pés de seu dominador. Há diversos jogos que se podem fazer com os pés, basta criatividade. Trampling é a fetiche por ser pisado pelo dominador. 

Scat: É o fetiche por fezes. Onde geralmente o dominador os fornece ao submisso, onde ele fará o uso de acordo com as vontades do dominador. Deve se ter cuidado ao praticar Scat, pois a transmissão de doenças é evidente. 

Golden Shower: Fetiche por Urinar no parceiro. O mesmo cuidado com Scat deve ser feito no Golden Shower, para evitar transmissão de doenças. 

Pissing: Pratica bem pareceda com Golden Shower, mas feito diretamente no boca do(a) submisso (a). O mesmo cuidado com Scat deve ser feito no Golden Shower, para evitar transmissão de doenças.



Fisting: Ato de inserir a mão, parte do braço, ou algum objeto na vagina ou ânus do parceiro. Deve-se lubrificar muito bem a região e tomar cuidados para evitar a distensão muscular e objetos presos devido ao vácuo. 

Waxplay: Brincadeiras com velas dão um clima mais misterioso à cena, e podem ser usados no jogo. A cera derretida pode ser usada para torturar o parceiro. Claro, cuidados devem ser tomados para evitar queimaduras sérias. Deve-se deixa-la numa distância segura para evitar queimaduras graves. Deve-se usar neste jogo velas brancas comuns de parafina. Não devem ser usados velas de cera de abelha, velas coloridas e perfumadas, devido aos elementos quimicos alterarem a temperatura de derretimento. 

Inversão de Papéis: Jogo onde a mulher passa a ter papel de homem e penetra no parceiro que passa a ter papel de mulher. A inversão de papéis também incluem mulheres com Strap-on (cinto com vibro) que penetram em outras mulheres.

Infantilismo: Prática que visa tratar e cuidar da pessoa como um bebê ou uma criança. Fazendo-o usar fraldas, mamadeiras, chupetas, etc… Agulhas: Deve-se ter extremo cuidado com esta prática. Deve-se ter muita prática e experiência no assunto. Sendo definitivamente uma prática para profissionais. Este jogo usa-se agulhas (de costura ou acupuntura) na pessoa para lhe dar prazer.

Içamento: Prática que pode ser derivada das agulhas onde se prendem ganchos na pele da pessoa e ela é içada ao ar. Deve-se ter extremo cuidado com o material utilizado, o corpo da pessoa, e diversos outros fatores que colaborem com a segurança. Esta é uma outra pratica para profissionais.

Humilhação: Jogo psicológico onde se subjuga o dominado através de palavras ou gestos que o atinjam. Deve se fazer com que o submisso entenda que faz parte do jogo, caso contrário ele sairá abalado da cena. 

Face-Sitting: Ato onde a mulher senta no rosto do dominado provocando asfixia. 

Privação de Sentidos: Ato onde se priva algum dos sentidos do submisso, como amordaçar, vendar, etc… E aumentar a sensibilidade a outros sentidos. 

Eletroestimulação: Ato onde se usa pequenas descargas elétricas para torturar o submisso. Escarificação: Prática de onde se faz pequenos cortes ou abrasões na pele por meio de facas, lixas, etc… Medical Play: Prática onde se usa objetos médicos, como espéculo, agulhas, enemas, cateter, etc… 

Tickling: Tortura por meio de cócegas.





A Coleira


Uma coleira representa um compromisso, uma relação de propriedade entre TOP e bottom. Assemelha-se ao conceito de aliança baunilha, com a diferença que somente a escrava usa a coleira, para mostrar a todos a quem pertence.

Uma coleira pode ser física ou virtual. Podem existir coleiras sociais ou de sessão.

Como se convencionou escrever nicks (apelidos virtuais) de TOP em caixa alta (maiúscula) e de bottoms em caixa baixa (minúscula), as coleiras virtuais são geralmente assim escritas: “(nome da escrava)_NOME DO TOP, por exemplo: {kathe}_SM

A coleira de sessão pode ser mais refinada ou ser essas de cachorro mesmo.

No entanto, tendo em vista o preconceito social, não seria prudente alguém sair por aí com uma coleira de cachorro com o nome do Dono, então se criaram coleiras sociais, que são mais discretas; podem ser apenas colares com pingentes ou símbolos que remetam a lembrança constante do Dono e de que a escrava que a porta a ele pertence.

Não obstante se possa usar uma coleira em qualquer sessão, mesmo que seja uma sessão esporádica e sem intenção de manter-se uma relação duradoura — apenas como um fetiche ou para mostrar quem manda — é comum que os TOP que também sejam Donos, façam cenas de encoleiramento.









Código de boas práticas BDSM




Qualquer comunidade deve reger-se por um conjunto de normas expressas num Código de conduta ou de boas práticas, no qual são estabelecidos critérios de orientação comportamentais específicos que transmitam os valores e princípios dessa comunidade.


O código de boas práticas BDSM deve entender-se como uma ferramenta didática e pedagógica, servindo, simultaneamente, como elemento clarificador da imagem pública, combatendo, e evitando, a infamação,  ridicularizarão e a recriminação.


O Código considera o BDSM como uma postura social livre, leal e consciente. Visa um clima de confiança na comunidade atribuindo responsabilidades, e deveres, aos diferentes grupos de interesses, comprometendo-se com o respeito pelos direitos humanos.

II – ÂMBITO

É convicção do Consensual que o presente código estabelece os valores e princípios de conduta que deveriam ser seguidos pela comunidade BDSM portuguesa.

Pretende-se que este código seja amplamente divulgado e respeitado no seio da comunidade, bem como, na abordagem do tema com terceiros. É neste contexto que um grupo de membros activos da comunidade, decidiu elaborar e divulgar este código, dirigindo-o a todos os maiores de 18 anos que se identifiquem com o BDSM.





III – OBJETIVOS


O código de conduta BDSM tem como principais objetivos:


- Orientar os membros da comunidade para a tomada de atitudes corretas;

- Fomentar a introdução de valores éticos;

- Proteger e promover a imagem pública da comunidade;

- Contribuir para a clarificação da responsabilidade social;

- Promover a excelência.



IV – PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS


SÃO, SEGURO E CONSENSUAL


- São, Seguro e Consensual significa muito mais do que o simples respeitar das regras, deverá, acima de tudo, valorizar o respeito pelo outro, ser um modo de estar, e não, simplesmente, refletir-se nas ações.


- O conceito engloba a problemática do abuso de poder, o uso de práticas dentro do respeito pelas regras, a distinção entre BDSM e violência (tanto física como psicológica), e ainda alertar para o perigo de fatores que possam diminuir as capacidades de avaliação do risco, como o uso de álcool, drogas e outras substâncias que influenciem o estado de consciência.


- Consensualidade pressupõe entendimento e aceitação mútua das regras e dos limites acordados, pelo que nunca devem ser desrespeitados. Submissão não é subserviência cega e inconsequente e todos, Dominadores ou submissos, são acima de tudo seres humanos.


- Há práticas BDSM que podem revestir-se de algum grau de risco. Antes do envolvimento nessas práticas, devem os seus intervenientes documentar-se e desenvolver competências de modo a reduzir o risco e evitar acidentes, alguns dos quais com consequências, a curto ou longo prazo, irreversíveis. Devem igualmente munir-se dos instrumentos indispensáveis à minimização de danos e, em caso de acidente, utilizar sempre o melhor e mais rápido acesso a meios de ajuda adequados a cada situação, incluindo a ajuda de terceiros.


- Existem práticas BDSM que atingem graus elevados de intensidade física e/ou emocional, pelo que a atenção e a comunicação devem ser constantes durante e após cada “sessão”, de forma a garantir o bem-estar dos intervenientes. Quando for desejo de uma das partes que a actividade cesse, deve-se parar e fazer uso da “Safeword” sem quaisquer receios.



RESPONSABILIDADE


- Cada pessoa envolvida em BDSM é responsável pelos seus actos, seja Dominador ou submisso, devendo zelar pela sua segurança e promover, sempre que possível a dos outros.


- Cada praticante de BDSM, no âmbito do dever de responsabilidade que lhe incumbe deverá abster-se, de forma absoluta e imediata, de práticas de BDSM com menores e, em caso de dúvida, deverá certificar-se de que o mesmo é maior por todas as vias e meios que tiver ao seu alcance. Caso subsistam dúvidas não deverá encetar qualquer tipo de interação.


 - Deverá igualmente abster-se de forma absoluta e imediata de levar a cabo atividades, ou obter vantagens, com pessoas que notoriamente apresentem diminuição das capacidades cognitivas e de avaliação, seja de forma permanente ou temporária, ou ainda debilidade física ou emocional, seja por causa natural, por doença ou pelo consumo ou utilização de substâncias que a promovam.


- A responsabilidade de qualquer indivíduo para com a comunidade BDSM passa pelo repúdio de quaisquer actividades que à luz da lei configurem uma prática ilícita, e pela tomada de medidas que promovam a sua prevenção.



LIBERDADE


- Um indivíduo envolvido em BDSM nunca deverá esquecer-se de que todas as pessoas que estão no meio escolheram livremente esta forma de estar na vida.


 - Deverá, acima de tudo, saber usar a liberdade que o BDSM põe à sua disposição e perceber que BDSM são relações, ou interações entre pessoas e, como tal, deverá agir em absoluto respeito pela liberdade do próximo.



INTEGRIDADE


- O aproveitamento do contexto BDSM de uma forma abscôndita em prejuízo de terceiros, nomeadamente para satisfazer frustrações, interesses e caprichos pessoais, é considerado reprovável e não deve ser incentivado. Particularmente grave é o seu aproveitamento para a obtenção de sexo fácil e gratuito.



TOLERÂNCIA


- Deveremos respeitar as práticas dos outros, ainda que sejam diferentes das nossas. Ninguém deverá ser discriminado pelos seus fetiches, gostos, preferências ou orientações sexuais, desde que estas se enquadrem dentro dos princípios que constam deste código.



VERDADE E TRANSPARÊNCIA


- Antes de iniciar qualquer tipo de interação, devem os seus intervenientes, fornecer de forma clara e exata, informação sobre o seu grau de experiência, limitações físicas ou psicológicas, estado de saúde, e limites.


- De forma a permitir o exercício de escolhas livres e informadas, os intervenientes devem esclarecer-se mútua e honestamente quanto a todos e quaisquer factos que, em consciência, possam condicionar as referidas escolhas ou potenciar danos emocionais ou psicológicos.



CONHECIMENTO


- Toda e qualquer pessoa que se identifique com o BDSM, deverá procurar adquirir um conhecimento abrangente e profundo sobre as práticas que lhe interessem. A prática esclarecida do BDSM, por si só, constitui um mecanismo de defesa dos intervenientes em relação aos riscos envolvidos.



PRIVACIDADE E SIGILO


- Os praticantes de BDSM devem ter a noção exata do significado das palavras privacidade e sigilo, sendo que as referidas noções implicam, entre outras questões, a não exposição pública dos parceiros ou de terceiros contra a sua vontade.


- No exercício de actos de BDSM, em público, a privacidade dos outros nunca deverá ser invadida.



V – COMPORTAMENTO ENTRE MEMBROS


- O relacionamento entre os membros da comunidade BDSM deve basear-se nos princípios de respeito, civismo, educação, lealdade, seriedade e confiança.


- A existência de uma relação de compromisso entre duas ou mais pessoas deverá ser respeitada, pelo que ninguém deverá agir de forma a fragilizar essas relações, quer seja usando o assédio, a intriga, a mentira, a difamação, ou outra qualquer conduta eticamente reprovável.


- Os membros mais experientes devem apoiar, esclarecer e aconselhar os membros menos experientes, em situações relacionadas com as práticas BDSM.


 - Os membros da comunidade BDSM deverão pugnar pela suficiente abertura de espírito que lhes permita aceitar as críticas que lhes sejam dirigidas, com propriedade, pelos outros membros. A posição crítica de qualquer membro deverá ser elaborada e acolhida como construtiva, repudiando-se as críticas que não se baseiem em tal propósito.


- Quando um membro tiver conhecimento de uma conduta considerada desapropriada à luz do presente Código, por parte de outro membro deve, de forma fundamentada, apresentar-lhe a sua crítica e tentar, com ele, estabelecer formas para a corrigir. Se esta conduta se mantiver, deve informar a comunidade através dos meios de que dispuser, dando disso conhecimento ao outro.



VI – COMPORTAMENTO COM O EXTERIOR


- Sabemos que um indivíduo que pratica BDSM, reflete no BDSM o carácter, cultura e educação cívica que realmente possui, por isso, devemos unir esforços no sentido de elevar, tanto quanto possível esses padrões, já que são os atos e as ações que caracterizam os indivíduos.


- Para podermos transmitir uma imagem positiva para o exterior, esperando alguma respeitabilidade, deveremos agir com extrema hombridade, coerência e firmeza, quanto aos princípios que defendemos.


- Deveremos ser criteriosos na colaboração com a imprensa, para evitarmos a deturpação de ideias e conceitos que em nada dignificam a comunidade.


 - Os praticantes de BDSM devem entender as presentes linhas de orientação, tanto no seio da comunidade como no relacionamento com o exterior, como forma de fomentar e manter a autoestima e a coesão da própria comunidade.